VERSÍCULOS BÍBLICO

Apocalipse

domingo, 15 de junho de 2014

O PRIMADO DE PEDRO


2º Parte

                Da interpretação doutrinária que a Igreja Católica faz de Mateus 16.16-19, procede outro grande erro: o ensino de que Jesus fez de Pedro o "Príncipe dos Apóstolo", pelo que, veio a se tornar o primeiro bispo de Roma, do qual os papa, no decorrer dos séculos, são legítimos sucessores.

Refutação 

                Esteve Pedro em Roma alguma vez? É muita remota a possibilidade de Pedro ter estado em Roma.

                Oscar Cullman, teólogo alemão, escreve: " A primeira carta de Pedro ...alude em sua saudação final (5.13) a sua estada em Roma ao mencionar "Babilônia" como lugar da sua comunidade cristã que envia a sua saudação aí contida. Talvez Babilônia aí significa Roma". como se vê, o terreno aqui é movediço.

                Também Lietzmann, em sua obra Peturz And Paulus In Rome (Pedro e Paulo em Roma), assim se expressa sobre o assunto:

"Mais importante, porém, é a debatida afirmação de que Pedro, no decurso
de sua atividade missionária, tenha chegado a Roma e ai tenha morrido
como mártir. Visto que está questão intimamente relacionada com a 
pretensão romana ao primado de Pedro, frequentemente a polêmica 
confessional inclui no assunto. Como, porém, ao lado das fontes 
neotestamentárias, vem em consideração principalmente testemunhos extras
e pós-canônicos da literatura cristã antiga, e, além disto, documentos litúrgicos
posteriores, e ainda escavações recentes, está questão não pode ser aqui
em todos os seus pormenores. Quero apenas lembrar que até a segunda metade 
do século II, nenhum documento afirmava expressamente a estada e o martírio de Pedro em Roma."

            Segundo a tradição católica, Pedro foi o primeiro papa em Roma por 25 anos, "O Papa, Bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis" (Catecismo da Igreja Católica, paragrafo 881, p. 253 - Edição Típica Vaticana, Edição Loyola, São Paulo, Brasil, 1999). Tal declaração de que Pedro foi o primeiro papa, não pode ser confirmada nem pela Bíblia e nem pela História.
             
             Primeiramente, partindo do martírio de Pedro por volta de 67 ou 68 d.C. e subtraindo dessa data vinte cinco anos, ou seja, o período que á tradição católica afirma que Pedro fora Bispo de Roma, retrocederemos a 42 ou 43 d.C. 

             De acordo com o Novo Tetamento, em Atos 15 encontramos Pedro participando do Concílio de Jerusalém ocorrido por volta de 48 d.C. ou depois. Embora Pedro participasse desse Concílio, conforme Atos 15.13-19, ele não o preside, mas sim, Tiago.

             Por volta do ano 58 d.C., o apóstolo Paulo escreveu a Epístola aos Romanos, e no capítulo 16 mandou saudação para vários  irmãos em Cristo que estava em Roma, mas não em momento algum o suposto bispo de Roma.

             Posteriormente, por volta do ano 62, Paulo chegou a Roma e recebeu a visita de vários irmãos, novamente não se tem notícia desse tal bispo de Roma, (leia Atos 28.30,31), isso não é estranho?

             Na cidade de Roma, em 62, Paulo escreveu a Epístola aos Efésios, aos Colossenses e Filemom. Em 64, escreveu a Epístola aos Felipenses, e entre 67 e 68 escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, período do grande incêndio de Roma, quando estava aprisionado pela segunda vez e em nenhum momento o apóstolo Paulo cita Pedro, é no mínimo estranho, Paulo silenciar-se a respeito de Pedro, especialmente se ele realmente fosse bispo de Roma. 

             O Catolicismo Romano declara ainda a respeito do Papa: "Com efeito, o pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder" (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, PARÁGRAFO 881, p. 253 - Edição Típica Vaticana, Edição Layola, São Paulo, Brasil, 1999).

              As seguintes expressões sobre o papa contrariam explicitamente a Bíblia Sagrada. Senão vejamos:
              
                        1. Sumo Pontífice e Pastor de toda a Igreja: Jesus é o sumo Pastor da Igreja (1 Pe 5.4);

                         2. O Vigário de Jesus ou o representante de Jesus. A Bíblia diz que quem veio como nosso consolador é o Espírito Santo e não o papa (Jo 14.16-18).

Pedro, um papa diferente

                  Tenha estado ou não em Roma, o fato é que se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos demais que já apareceram, em função do que nos mostra a Bíblia:                                                                                                                                                                                                                                                    a) Pedro era financeiramente pobre (At 3,6);                                                    b) Pedro era casado (Mt 8. 14,15);                                                                  c) Pedro foi um homem humilde; não aceitou ser adorado pelo centurião Cornélio (At 10. 25, 26);                                                                                        d) Pedro foi um homem repreensível (Gl 2.11-14).                                                                                                                                                       É surpreendente que Pedro, sendo o "Príncipe dos Apóstolos", como ensina a Igreja Católica Romana, não era o pastor da igreja em Jerusalém (At 15), mas sim, Tiago. Se Pedro fosse, então papa, ele não teria aceitado a orientação dos líderes da igreja quanto á obra missionária (At 15. 7) e também a ordem das "colunas" da Igreja, conforme Paulo escreveu em Gálatas 2.9, seria: Cefas , Tiago e João" e não "Tiago Cefas e João". Cefas é o nome aramaico de Pedro, dado por Jesus (Jo 1. 42).
O papa, um  Pedro diferente

               A própria história do papado é uma viva demonstração de que os papas jamis deram provas de que são sucessores do apóstolo Pedro, já que em nada se assemelham àquele inflamado, mas humilde apóstolo do Senhor Jesus Cristo. Por exemplo:

                               a) Os papas são administradores das grandes fortunas da Igreja. O clérigo José Maria Diez Alegria, da Universidade Gregoriana de Roma, declarou, já no final do ano 1972, que o balanço financeiro do Vaticano, dispunha de um ativo  de um bilhão de dólares;                                                                                        b) Os papas são celibatários, isto é, não se casam, não obstante ensinarem que o casamento é um sacramento divino;
                               c) Os papas se consideram infalível nas suas decisões e decretos.
                                                  
Conclusão

                 Mediante desse assunto aqui abordado, cai por terra toda a pretensão do papado quanto à sucessão apostólica e também todos os argumentos da Igreja Católica Romana, afirmando ter sido o apóstolo Pedro seu primeiro papa.

(Evangelista Junio Silvino de Souza) 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

É PEDRO O FUNDAMENTO DA IGREJA?

 1º Parte Entenda!

                 A Igreja Católica Romana considera o apóstolo Pedro, a pedra fundamental sobre a qual Cristo
edificou a sua Igreja; e para fundamentar esse ensino, apela, primeiramente, para Mateus 16. 16-19:

"Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque 
não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Também eu te digo que tu e´s Pedro, e sobre está pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as
chaves do reino dos céus; oque ligares na terra terá sido ligado nos céus;
e oque desligares na terra terá sido desligado nos céus."

                  Desta passagem, a Igreja Católica Romana extrai o seguinte raciocínio:

1. Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada;
2. A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, só ele pode abrir a porta do reino dos Céus;
3. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma;
4. Toda a autoridade eclesiástica foi conferida a Pedro, até nossos dias, através da linguagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo na terra.

Uma interpretação absurda

                 Partindo desse raciocínio, o padre Miguel Maria Giambelli, põe o versículo 19 de Mateus 16, nos lábios de Jesus, da seguinte maneira:

'Nesta minha Igreja, que é o reino do céus aqui na terra, eu te darei
também a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judiciários, de
de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu ratificarei la no céu,
(A Igreja Católica e os Protestantes, p. 68)

Refutação

                 Numa simples comparação entre a teologia católica e a Bíblia, a respeito do apóstolo Pedro  e sua atuação no seio da Igreja nascente, descobre-se quão absurda é a interpretação da Igreja Católica a respeito da pessoa desse apóstolo do Senhor. Mesmo numa superficial análise d assunto, conclui-se que:

1. Pedro jamais assumiu no seio da Cristianismo nascente, a posição e funções que a teologia católico procura atribuir-lhe.
               O substantivo feminino petra designa no grego uma rocha grande e firme.
Enquanto que o substantivo masculino petros é aplicado geralmente a fragmento de rocha e pedras pequenas tais como a pedra de arremesso.

               Pedro é petros = pedra pequena e móvel e não petra = rocha grande e firme.
Portanto, uma Igreja sobre a qual as portas do inferno não prevalecerão, não pode repousar sobre Pedro (Mt 16.18).

               Inferno, nesse versículo, se refere ao Hades (lugar dos mortos). Isto indica que a Igreja foi construída não apenas sobre a pessoa de Cristo, mas também na Sua obra na cruz do calvário, quando entrou no Hades e conquistou a morte através da ressurreição. E, a Igreja que não crer no fundamento estabelecido "Cristo é o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16) está incorrendo em heresia e, consequentemente, fadada a morrer espiritualmente.

2. De acordo com a Bíblia, Cristo é a pedra.



"Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos,
feriu a estatua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou." (Dn 2.34)

"edificados sobre o fundamento dos apóstolos, e profetas, sendo ele
mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular." (Ef 2.20)

                 Nestes versículos, "pedra" pedra se refere a pessoa de Cristo e não a Pedro.
                 
                 Diz o apóstolo Pedro: "Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores,  a a qual se tornou a pedra angular." (At 4.11, cf. Mc 12.10,11). Leia Efésios 2.20; 1 Corintios 10.4; 1 Pedro 2.4-8; Isaías 28.16; Romanos 9.33; Salmos 116.22. 

O testemunho dos "Pais da Igreja"

               A maioria esmagadora dos "Pais da Igreja" cria que a expressão "está pedra" referia-se a Cristo e não a Pedro, inerente na confissão que Pedro acabara de fazer em Mateus 16.16.

               Portanto, se apelarmos para os "Pais da Igreja" dos primeiros séculos da Era Cristã, as pretensões da Igreja Romana quanto a Pedra ser a pedra de Mateus 16.18, são inadmissíveis.

               Só a partir do século IV começou a se falar da possibilidade de Pedro ser a pedra fundamental da Igreja, e isto, diretamente relacionado à pretensão exclusivista do bispo de Roma.

Concluo dizendo

               A luz das palavras do próprio apóstolo Pedro,

a) Cristo é a petra = rocha grande e firme, (At 4.11 e 1Pe 2.4-8):

"Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens,
ma para com Deus eleita e preciosa." (1Pe 2.4)

b) Todos os crentes são petros = fragmento de rocha, ou pedras móveis.

"... vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual
para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." (1Pe 2.5).


quinta-feira, 13 de março de 2014

A soberania de Deus e a Teoria do Acaso


" Os que afirmam que uma fatalidade cega produziu todos os efeitos que vemos no mundo,
disseram um grande absurdo; pois, poderia existir absurdo maior do que uma fatalidade
cega ter produzido seres inteligentes?
Montesquieu, Filósofo francês que viveu no século XVII

               Pergunto-me se Fernando Pessoa (a frase que titula esse estudo é de sua autoria) tinha alguma noção da grande verdade teológica expressada em sua poesia. Defendia o poeta que as realidades, antes de o serem, são quereres de Deus. Esses desígnios são passados aos homens que, se dispostos a lutar por Deus, tornar-se-ão instrumentos em Sua obra. Mas do cronograma poético de Pessoa, quero deter-me apenas sobre a primeira fase, o querer de Deus.
                Deus quer. E Ele pode querer. Deus não é um ser cosmicamente mimado. O criador não age como mal-educado criança , para quem tal a impossibilidade, maior o destempero. Deus tem em suas mãos todo o poder: "Porque dEle, e por Ele , e para ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém!" (Rm 11.36); Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.13).
                 De forma geral, é possível conhecer bem os planos de Deus para a Igreja. Dispomos da Palavra para isso. A Bíblia ensina sobre como proceder em todas as ocasiões; não há evento que não seja previsto ou aludido nas Sagradas Escrituras. Analisando a Bíblia, nós, Igreja que somos, saberemos nos portar. Mas, o que, infelizmente, nem sempre conseguimos fazer é conciliar os quereres de Deus aos âmbitos mais pessoais de nossa existência. É fácil  descobrir oque Deus deseja de nós como igreja; mas como conciliar as aparições pessoais com a vontade soberana de Deus? Haveria lugar para elas e os planos íntimos na dinâmica do Reino?
                 Recorro ao personagem que entrou para o imaginário cristã como sonhador: não parece que os sonhos e gostos pessoais de José foram respeitados por Deus, pois, mais rápido do que percebesse, viu-se privado de todas as benesses que o futuro lhe reservava. Quantas belas túnicas ele não poderia colecionar durante o tempo em que foi escravo e presidiário?
                   Chegamos aqui a uma bifurcação menos em nosso estudo e mais em nossa caminhada de fé: ou assumimos que a soberania de Deus não fere nosso arbítrio, ou cedemos a uma teoria mais simples que dispensa o exercício da fé, a casualidade.
                   Quando pequeno, aprendi na escola Dominical um hino infantil que dizia: "Menininho, como vai? Você vale muito mais do que as aves, do que a flor. Deus lhe tem amor". Ora, quando eu era menino, aprendi que minha vida estava nas mãos de Deus e isso aquecia meu infantil coração.
                   Descobrir-se guardado por Deus é reconfortante, mas isso foi nos idos tempo de menino, pois logo que vim a ser grande disseram que eu poderia ser fruto do acaso. Que, por acaso, nasci; por acaso respiro; se por acaso viver, por acaso é que continuo vivo. Deus não tem nada a ver com isso. É passar de projeto divino a erro de cálculo! Que fazer?
                   O conceito de acaso remonta à filosofia clássica. Os intermináveis diálogos filosóficos cuidavam ser o acaso apenas o que o acaso poderia ser, aleatoriedade, casualidade. Isso e nada mais. Porém, o conceito de acaso evoluiu na mesma proporção em que cresceram as aspirações à deidade do homem: ansiando ser o deus de sua própria vida. O ser humano criou para si um autoculto em que o acaso é reverenciado como força que pode detê-lo ou impulsiona-lo. Desta forma, o acaso emerge das sombras matemáticas para ganhar forças espiritual. Neste momento, o trono de Deus é usurpado pela filosofia pós-moderna, que tem suas raízes na queda de Lúcifer: não sendo possível roubar o lugar de Deus, Satanás tenta esconde-lo, tenta impedir que os homens enxerguem o Criador, dando-lhes o "bezerro" do acaso, banhado no dourado fajuto da pseudoliberdade.
                   O acaso filosófico nada tem a ver com a matemática. Este último é apenas uma possibilidade, como as combinações que se pode ter ao lançar os dados. Já o acaso filosófico recebe atributos de entidade divina e vai de acaso a poder causal. Não satisfeito com a boa, perfeita, e agradável vontade do Senhor, o homem, ilidido por Satanás, criou para si um deus que em verdade é o mais perfeito sinônimo para o nada. O teólogo americano Robert Charles Sproul declarou: "O acaso não é uma entidade. E não entidades não tem poder porque não existem. Dizer que algo acontece ou é provocado pelo o acaso é atribuir poder instrumental ao nada".
                   O pensamento moderno acha-se influenciado pelo minimalismo. Todo o campo das ideias está dominado por este movimento que tem como objetivo maior não provar que Deus não existe, mas provar que Ele não é tão poderoso como afirmam as Escrituras.
                    O acaso e sua falsa liberdade provocam no homem um senso de não realização e total incapacidade. Não importa o quanto se esforce o homem; não importam os seus sonhos e dons; importa o que o acaso resolveu para ele. Diante desta última afirmação, alguém poderia apelar dizendo que o acaso guardou para si o mesmo direito que o Senhor Deus detém: o poder para fazer, já que, diz a Escritura, que ninguém pode intentar contra o braço forte do Senhor. Assim, Deus estaria sendo tão cruel quanto o acaso que os seus servos condenam. 
                     Entretanto, existisse no acaso a propriedade de realizar, certo seria que suas efetivações constituir-se-iam em verdadeiro desastre para os homens. A diferença entre o Deus a quem servimos e o acaso naturalista é que o Senhor é soberano, e não um tirano. Sua vontade faz-se cumprir por Seu poder inquestionável e perfeito. Uma soberania que não é negociada com os homens, pois é exercida para o bem deles.   

Fonte Prof. Gunar Berg 
Coordenador  Acadêmico da FAETAD
Articulista e autor pela EETAD e FAETAD e CPAD


















  

sexta-feira, 7 de março de 2014

O ESPIRITISMO (CONT.)

O ESPIRITISMO 
(CONT.)

SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR 

     No texto 5 do estudo anterior, tratamos da invocação dos mortos de uma forma geral. Neste Texto, vamos tratar do assunto de forma mais analítica, tomando o caso da consulta feita por Saul à médium espírita de En-Dor.

     Para isto, pegue sua Bíblia, abrindo-a no capítulo 28 de 1 Samuel. Leia atentamente todo esse capítulo e depois volte a esse Texto. Concluída a leitura desta porção das Escrituras, vem á mente perguntas, como: "É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas?" "Foi ou não Samuel quem apareceu na cessão espírita da En-Dor?''

      Muitas são as resposta que aqui poderiam ser dada s. Por exemplo,''a comunidade judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião''. Essa também era a opinião de destacados líderes da igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Orígenes. Mas, por outro lado, Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apareceu ali em forma de pessoa, personificando o profeta Samuel.

Análise bíblico do fato

       Uma cuidadosa análise de 1 Samuel 28, mostra com clareza que um espírito de engano, e não Samuel, foi quem apareceu na cessão espírita de En-Dor.
  
      Dentre as muitas evidências contra aqueles que ensinam que Samuel apareceu na cessão espírita de En-Dor, vamos vamos apresentar apenas algumas que se seguem:

             1. Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade tinham poder sobre Samuel. Só Deus exerce esse poder, pelo que não iria permitir que Seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prática que o próprio Deus condena (Dt 18.9-14).

              2. Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais falou a respeito desse rei (1 Samuel 15.35).

               3. Se Samuel tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso; nem dito que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (v.v 15,19), o que não aconteceu.

               4. Saul mesmo dissera que Deus já não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (v.v 6,15). Deste modo, Deus, no último momento:

                        a) não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação;

                        b) não teria entrado em contradição com a Sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31); 

                        c) não teria criado a impressão que, tentar entrar em contato com os mortos não tão mau como antes Ele mesmo dissera (Dt 18. 9-14);

                        d) não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (1Cr 10.13).

              5. Saul disse à médium a quem ele deveria chamar. A médium temeu:

                        a) porque ela viu um espírito maligno naquela aparição que, como "prodígio de mentira" , se fez passar por Samuel, isto é, personificando-o. Considerar bem a parte do versículo 8. Era uma autênca seção espírita;

                        b) porque uma vez ela reconhecendo Saul, lembrou-se que ele era inimigo das práticas espíritas (v. 12).

              6. Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, ele mesmo "entendeu" que a personagem descrita era Samuel (v. 14).

               7. Quanto à profecia abordada durante a seção de En-Dor, J. K. Van Baalen, no livro O CAOS DAS SEITAS, dá as seguintes possibilidades:

                         a) a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente. E isso ela predisse;

                          b) a mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel a respeito de Saul (1 Samuel 15. 16, 18). Depois dessa profecia e dos fatos a ela subsequentes, de 1 Samuel 15. 19-35, Saul tornou-se hostil a Samuel, como está patente em 1 Samuel 16.2. A pitonisa, sendo astuta e conhecendo esses fatos negativos contra Saul, disse-lhe o que ele esperava ouvir;

                           c) se um demônio se fez passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher lembrando-se da profecia de Samuel, fez uso da mesma.

                8. Não carecia que alguém fosse um perito ou estrategista em guerra para prever a iminente derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus, tendo em vista o fatos de 1 Samuel 13.8-14 e 15.18-28. Em todos os tempos o salário do pecado é a morte. A questão desta guerra já havia sido decidida bem antes de Saul consultar a médium.

                9. A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.

Conclusão

               A melhor maneira de se definir o Espiritismo é chama-lo de "Profundezas de Satanás" (Ap 2.24 ARC). Assim, devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás

                        1. é o pai da mentira (Jo 8.);

                         2. sabe imitar a realidade com os seus embustes (Êx 7.22; 8.7);

                         3. se transforma em anjo de luz (2Cr 11.14);

                         4. tem poder de operar milagres, isto é, falsos milagres (2Ts 2.9).

               Aqueles que se envolvem com o Espiritismo estão sob as malhas da rede de Satanás, correndo o perigo de jamais se verem livres delas. E o que dizer da aparição de Moisés e Elias no momento da transfiguração de Cristo? Devemos considerar que 

                         a) eles apareceram não por influência de qualquer médium, mas pela vontade soberana de Deus;

                         b) eles não revelaram nenhum elemento novo ao sacrifício de Cristo;

                         c) suas palavras ditas naquela oportunidade, não se acham registradas nas Escrituras.

PODEM OS MORTOS SE COMUNICAR-SE  COM OS VIVOS?

               No último Texto do estudo aqui abordado e no primeiro deste, mostramos que a tentativa de se comunicar com o espírito de pessoas mortas, é não só uma frontal rejeição à orientação divina, mas também um ardil de Satanás, através do qual ele tem mantido enganados milhões de pessoas em diferentes pontos da terra.

                Neste Testo tentarei responder à pergunta : Podem os mortos comunicar-se com os vivos e ajuda-los? Para isso, lancemos mão da história do rico e Lázaro, contada por Jesus e registrada por Lucas no capítulo 16 do seu Evangelho, versículos 19 a 31. 

                Os versículo 22 e 23 dizem:

 "Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão;
morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos,
levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio."

Um quadro contrastante

"O "seio de Abraão" era um lugar localizado no próprio hades. Antes do
advento do Messias, tanto os justos como os injustos iam para um mesmo 
lugar na sua morte, o sheol, em hebraico, e hades no grego. Lá havia 
uma divisão, o lugar dos justos, que os rabinos denominavam "Seio de 
Abraão" , "Jardim do Éden" e o "Trono de Glória". Destes três nomes, o 
"Seio de Abraão" era o mais usado na teologia judaica da época, e esse
Paraíso fazia parte do hades. Dava perfeitamente para conversar, e ainda
mais com a permissão de Deus. Quando o Senhor Jesus morreu, desceu às 
partes mais baixas da terra, e "levou cativo o cativeiro" (Ef 4.8-10, 1 Pe 3.18-20)
, de modo que agora o Paraíso ou Seio de Abraão localiza-se 
no Céu. No entanto, antes da ressurreição de Cristo ainda estava no sheol, 
no seio da terra" . (Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo.
Vol. 1 . Esequias Soares da Silva, 2º Edição, 1993 , Editora Candeia, p.232).


                Veja que quadro contrastante! Lázaro morre e é levado ao paraíso, quanto ao rico, ao morrer, é lançado no inferno, de onde, em agonias, clama: "... Pai Abraão, tem misecórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a linguá, porque estou atormentado nesta chama." (v. 24). 

                Naquele instante de extrema dor, um pequenino favor de Lázaro poderia ajudar a amenizar o sofrimento daquela infeliz alma, porém, o pai Abraão respondeu:

"... Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro
igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em 
tormentos. E, além de tudo, está poto um grande abismo entre nós e
vós, de sorte que os querem passar daqui para vós outros não
podem, nem os de lá passar para nós." (vv. 25,26).

                 Já sem nenhuma esperança de que o seu sofrimento fosse minorado, o homem rico clama agora em benefício dos seus entes queridos:

"... Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho
cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também
para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles tem Moisés e os
 profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre
os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhes 
respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão 
persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." (vv. 27-31).

Algumas conclusões desta passagem


                 Feita uma análise desta passagem, a conclusão a que se chega é a de que:

                          1. A vida no porvir será uma consequência natural da vida que se viveu aqui na terra: Lázaro que era piedoso e temente a Deus aqui, morreu e foi levado ao paraíso, enquanto que o homem rico, que vivia longe de Deus e era vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi lançado no inferno.

                           2. O lugar onde será lançado os perdidos  será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento de espíritos.

                           3. S e ao homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte como admite o Espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser oque é e o Seu sacrifício torna-se desnecessário e absurdo quanto a salvar a raça humana.

                            4. Se um falecido pudesse ajudar de alguma forma os seus entes queridos vivos, o homem rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro ou um dos mortos à casa dos seus irmãos, a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isso.

                             5. Se fosse possível que o espírito de um falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que o homem rico exercesse influência junto aos seus parentes.

                              6. Tudo quanto homem precisa saber concernente a salvação e a vida eterna, acha-se exarado nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos.

Conclusão

                Toda revelação divina escrita está condicionada às seguintes palavras de Jesus:

"Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico:
Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos
escrito neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro
desta profecia , Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade
santa e das coisas que se acham escritas neste livro." (Ap 22. 18, 19).

Assim os chamados "bons ensinamentos" dos espíritos dos mortos, defendido pelo Espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois, apresentam-se como nova revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus, a sua palavra. 


DE DEUS NÃO SE ZOMBA

           Através deste Texto mostrarei o grande perigo que corre aquelas pessoas que se dão às tristes aventuras espíritas.

            Usaremos a história do bispo episcopal, James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim, no relacionamento de ambos com o Espiritismo. Está história foi escrita no Anuário Espírita (1971).

             Reportamo-nos a ela como meio de oferecer subsídio ao leitor, ao combater o Espiritismo, e para evitar aqueles que estão se deixando iludir por esses ensinos de demônios. 
     
A trágica morte de Jim

"Pike tinha um único filho, Jim, bilo e culto rapaz. Em 1966, pai e filho
encontravam-se na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar ao EUA.
Voou para Nova York, e ali, no seu quarto de hotel, matou-se com um tiro.
Jim tinha dificuldade em se comunicar com as pessoas. Era arredio mesmo
em relação ao pai, e, por ironia, só depois da morte, através de médiuns
americanos e ingleses, conseguia se comunicar com Pike. Jim tinha 22
anos. Sua morte arrasou o pai. Tudo foi mais dramático poque por incrível
que possa parecer, Pike não cria na vida após a morte. Ele fora seminarista
e se desiludira com o Catolicismo; mesmo como bispo episcopal sua
situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas da religião, via-se
constantemente atacado e não poucas vezes fora tachado de herético".

Coisas estranhas começam a acontecer

                 Após o funeral do filho nos USA, Pike voltou com seus problemas para Cambridge.
No quarto de hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer: "... roupas eram atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes", relata o mesmo Anuário.

                  Como toda pessoa que se envolve com o Espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em vez de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém que pudesse explicar tais fenômenos.

                   Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato com a médium inglesa, Ena Twigg. Uma cessão foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquilo que ele julgou ser o espírito do seu filho.
O espírito dizia: "Tenho sido tão infeliz". Instado pelo pai, respondeu que não acreditava em Deus como uma pessoa, mas que, agora, acreditava na eternidade.

Acrescenta o Anuário:

"Além disso, o rapaz exortou-o a prosseguir em suas pesquisas psíquicas
e predisse que o pai abandonaria a sua igreja. Pike mostrou-se constrangido,
mas Jim insistiu: "Você fará. Isto acontecerá no dia 1º de Agosto."

Pike deixa a sua igreja

               Logo após chegar à América, de volta da Inglaterra, Pike entrou em contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual teve participação num programa de televisão. No citado programa, Ford, em transe, transmitiu mensagens que diziam ser de Jim a Pike. O programa produziu um escândalo tão grande, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deixa-la.

               Não muito depois da morte de Jim, após ingerir forte dose de barbitúricos, morre a senhora Maren Bergrud, secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Certo dia, estando ela bem melhor de saúde, os espíritos segredara-lhe ao ouvido que se pusesse fim a sua vida poderia perpetuar aquele estado. Foi o que ela fez. Com a morte do filho e agora da secretária, Pike ficou quase arrasado; mesmo assim continuou buscando fenômenos relacionados ao além-túmulo.

Livro Do Outro Lado

               Pike juntou todos os materiais de todas as cessões espiritas das quais tinha participado, 
e escreveu o LIVRO DO OUTRO LADO. Pike foi presa fácil, caindo sob a armadilha do Espiritismo sem nenhuma resistência.
                
                Ao abandonar a igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psíquicos. Num dos seus diálogos com o suposto espírito de Jim, indagou se o filho ouvia falar de Jesus, ao que ele respondeu: 

"Meus mentores me dizem: Jim, você ainda não está em condições de
compreender. Eu não O encontrei, mas todos falam a respeito Dele como
um místico, um vidente. Eles não O mencionam como um salvador, mas
como um exemplo. Você compreendeu? Eu preciso dizer-lhe: Jesus é
triunfante. Você não pode me pedir que lhe diga oque ainda não
compreendo. Ele não é um salvador, isto é muito importante, mas um exemplo.
Acrescenta o Anuário: ... agora Pike julga-se um cristão autêntico".

O salário do pecado

                Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Ele andou e exerceu o Seu ministério. A Bíblia já não lhe valia nada. Jesus, o Cristo Filho do Deus vivo não passava de um mito, em místico, um vidente. Ali aconteceu oque certamente ele não previa: no dia 7 de Setembro de 1969 ele morreu e o seu corpo foi achado quase coberto de areia nos desertos próximos do Mar Morto.

                 Vale lembrar as palavras de Paulo:

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem
semear, isso também ceifará. Porque oque semeia para sua própria
carne da carne colherá corrupção; mas oque semeia para o
Espírito do Espírito colherá vida eterna." (Gl 6.7,8)

VOCABULÁRIO ESPÍRITA

                Assim como a pessoa é identificar pelo vocabulário que usa, também o Espiritismo é melhor identificado através do vocabulário que usa para comunicar os seus enganos.

                 É evidente que muitas das palavras, abaixo relacionadas, que são utilizadas no linguajar espírita, podem ter diferentes sentidos. Entretanto, na relação que se segue, vamos dar o significado de cada palavra de acordo com a interpretação dada pelo Espiritismo.

                            -Médium. Pessoa que se atribui o poder de se comunicar com o espírito de um morto.

                             -Mediunidade. É o fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do "médium", que perde o controle e o domínio do seu próprio corpo.

                             -Clarividência e Clariaudiência. Fenômenos espíritas segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo e comunicação entre o mundo visível e o invisível.

                             -Levitação. Fenômeno psíquico gerado por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde um objeto ou uma pessoa pode se elevar do solo. É muito praticado na parapsicologia, que é uma falsa ciência.

                              -Telepatia. Comunicação por via extra-sensorial entre duas mentes a distância Transmissão de pensamento.

                               -Criptestesia. É o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de alguém vivo.

                                -Premonição. Sensação, pressentimento do que vai suceder.

                                -Metagnomia. É a resolução de problemas matemáticos, obras artísticas que se produzem e linguás desconhecidas que se decifram. Lembre-se de que isto nada tem a ver com nenhum dos dons do Espirito Santo.

                                 -Telecinesia. Movimento de objetos, toque de instrumentos musicais, movimentos de balanços sem o toque de mãos.

Características desses fenômenos

                O espírita Cássio  Colombo no Estudo Sobre O Espiritismo detalha a seu modo, que

"Esses fenômenos,
1. não são fatos comuns da vida; antes, impressona pela sua anomalidade;

2. ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem o
nome de clarividentes ou médiuns;

3. são pelo menos na aparência, fatos inteligentes;

4. são fatos que ninguém tem a consciência de causá-los. Dai atribuí-los,
cada qual a outrem, ou seja, não há entidade responsável pelos trabalhos;

5. os metapsíquicos* independem de espaço e tempo. Neles, o 
conhecimento ocorre direto, imediato;

6. exigem condições necessárias para as manifestações metapsíquicas:
concentração, penumbra, etc. O medo, a desconfiança e o sarcasmo
perturbam essas manifestações;

7. quase sempre são chamados de projeção, isto é, os fenômenos são
objetivos e não subjetivos. Não há alucinações;

8. são mensagens mediúnicas, muitas vezes apresentadas de modo
simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida;

9. várias vezes ocorrem na hora da morte, supondo-se, neste caso, que 
os fenômenos surgem por causa da tensão emotiva e das condições vitais
que, fugindo á regra, permitem a manifestação das forças latentes do espírito."

O ESPIRITISMO E SUAS CRENÇAS


              Já dissemos que as duas principais estacas de sustentação do Espiritismo são reencarnação e invocação de mortos. Neste Texto irei mostrar algumas das principais doutrinas do Espiritismo; doutrinas de negação e de distorção da doutrina cristã.

Deus

"Ab-rogamos a ideia de um Deus pessoal."
(The Phisical Phenomena in SpiritualismRevealad).
"Deve-se entender que existem tantos deuses quantas são as mentes
que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, três ou 
muitos." (The Banner Of Light, 3/02/1886).

Jesus Cristo

"Qual é o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o
filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo."
(Spiritual Telegraph, nº 37).
"Não obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espíritos
avançados mostra apenas que Cristo era um médium e um reformador
da judeia, e que, agora, é um espírito avançado na sexta esfera."
(Palavras do Dr. Weisse, citado por Honson, em Demonology Or Spiritualism).
"Cristo foi um homem bom, mas não poderia ter sido divino, exceto no
sentido, talvez em que todos somos divinos." (Mensagem por um espírito,
citado por Raupert em Spiritist Phenomena And Their Interpretation).

A Expiação

"A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maires abusos
dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago ...A razão dessa doutrina
é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado,
merecedor do inferno. Que mentira ultrajante! ...Porventura o sangue não
ferve de indignação ante tal doutrina?" (Medium And Daybreak).

A Queda

"Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem."
(A. Conan Doyle).

"Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se
entender a descida do espírito à matéria." (The True Light).

O Inferno

"Posso dizer que o inferno está eliminado totalmente, como há muito já foi
eliminado dos pensamentos de todo homem sensato. Essa ideia odienta,
tão blasfema em relação ao Criador, originou-se do exagero de frases
orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal quando os homens
eram assustados com chamas, como as feras são espantadas pelos
viajantes." (A. Conan Doyle em Outlines Of Spiritualism).

A Igreja

"Passo a passo avançou a igreja Cristã, e ao faze-lo, passo a passo, a
tocha do Espiritismo foi retrocedendo, até quase não podia mais
perceber uma fagulha rebrilhante em meio às trevas espessas ... Por mais
de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os
mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento.
Atualmente ela se ergue como completa barreira ao progresso
humano, como já fazia a mil e oitocentos anos." (Mind And Matter, 8 de Maio de 1880).

"Se o Cristianismo sobreviver, o Espiritismo deve morrer; e se o
Espiritismo tiver de sobreviver, o Cristianismo deve desaparecer. São a
antítese um do outro..." (Mind And Matter, Junho de 1880).

A Bíblia

"Asseverar que ela é um livro santo e divino, que Deus inspirou os seus
escritores para tornar conhecida a sua vontade divina, é um grosseiro
ultraje e um logro para com o público." (Outlines Of Spiritualism).

"Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque além de a
conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e
sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitável absurdos."
(Carlos Imbassahy, O Espiritismo Analisado).

Refutação


                 A Bíblia Sagrada, a espada do Espirito (Ef 6.17), lança a doutrina espírita por terra, e declara em alto e bom som, que:

1.Deus

                 a) é um ser pessoal (Jo 17.3; Sl 116.1,2; Gn 6.6; Ap 3.19);
                 b) é um ser único (Dt 6.4; Is 45.5,18: 1Tm 1.17; Jd 25).

2.Jesus Cristo

                  a) é, sempre foi, e será superior aos homens(Hb 7.26);
                  b) é apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (At 3.19-24; Hb 7.26,27; Fl 2.9-11).

3. A expiação do pecado

                  a) foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2.14);
                  b) é alcançada através de fé em Cristo (At 10.43);
                  c) é obtida pelo sangue de Cristo, segundo as riquezas da Sua graça (Ef 1.7).

A Queda

                  a) sobreveio como consequência da desobediência de Adão (Rm 5.12,15,19);
                  b) decorreu da tentação do Diabo (Gn 3.1-5; 1Tm 2.14).

5. O Inferno

                  a) foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41)
                  b) fica nas profundezas abaixo (Pv 15.24; Lc 10.15); 
                  c) será a habitação final e eterna dos ímpios (Sl 9.17; Mt 25.41).

6. A Igreja 

                  a) foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18);
                  b) jamais será vencida (Mt 16.18);
                  c) é guardada pelo Senhor (Ap 3.10).

7. A Bíblia

                  a) é a palavra de Deus (2Sm 22.31; Sl 12.6; Jr 1.12);
                  b) foi escrita sob inspiração divina (2Pe 1.20,21);
                  c) é absolutamente digna de confiança (Sl 111.7);
                  d) é declarada como pura (Sl 19.8); espiritual (Rm 7.14); santa, justa, boa (Rm 7.12); ilimitada (Sl 119.96); perfeita (Sl 19.7; Pv 30.5); verdadeira (Sl 119.142); não pesada (1Jo 5.3).

Conclusão

"Depois de ter passado tantos e tão longos anos de minha vida a
correr as tabernas da filosofia, depois de haver entregue a todas as
poliquiceses do espírito e ter participado de todos os sistemas
possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia."

                  

  










               

                                  



   







                          



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

O Espiritismo é, sem dúvida, o mais antigo engano religioso já surgido. Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o eu surgimento se deve a duas adolescentes norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydesville, Estado de Nova York.

Estranhos Fenômenos

Em 1848, as adolescentes Margaret e Kate começaram a ouvir batidas em diferentes pontos da casa onde moravam.A princípio julgavam que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a cerem arrancados da cama por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mão tocou no rosto de umas das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí as meninas criaram um meio de comunicar com o autor dos ruídos, que respondia às perguntas com determinado número de batidas.

A expansão do movimento

Partido desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas através dos EUA. Na Inglaterra, porém a consulta aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali um solo fértil onde a semente do supersticionismo espírita ia ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países da Europa também foram visitado com sucesso pelos espíritas norte-americanos.

Allan Kardec

 Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espíritas. Hppolyte Léon Denizard Rvail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lyon, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônimo  de "Allan Kandec" por acreditar ser ele a reencarnação de um poeta celta desse nome.
Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer em 30 de Abril de 1856.
Um ano depois publicou O LIVRO DOS ESPÍRITOS que muito ajudou na propaganda espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou toda a literatura afim, existente na Inglaterra e nos EUA, e dizia ser guiado por espíritos protetores.
Notabilizou-se por introduzir no Espiritismo o ensino da reencarnação.
Publicou os seguintes livros:
- O Livro DOS  ESPÍRITOS
- O QUE É ESPIRITISMO 
- O LIVRO DOS MÉDIUNS
- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 
- O CÉU E O INFERNO
- A GÊNESE E OBRAS PÓSTUMAS.

Homem dotado de características físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi apóstolo das novas idéias que haveriam de influir na organização do Espiritismo. Fundou A Revista Espirita, periódico mensal em vários idiomas.Em 1858 ele organizou em Paris, a sociedade Parisiense de Estudos Espírita. Faleceu em 1869.

SUBDIVISÃO DO ESPIRITISMO

O Espiritismo latino, já separado do anglo-saxão pela doutrina da reencarnação, se subdividiu mais em duas correntes.

1. a Kardecista ou doutrinária,
2. a experimental.

As práticas espíritas nos tempos bíblicos era chamadas de necromancia ou magia. Seus praticantes eram chamados de: magos, pitonisas, advinhos, bruxas, feiticeiros, etc. Os centros, tendas ou terreiros  eram chamados oráculos, cavernas ou antros. Hoje, dependendo do ramo a que pertencem, os nomes diferem.
O Brasil, hoje considerado o líder mundial do Espiritismo, tem os Estados do Rio de Janeiro e Bahia como os dois principais focos espíritas da nação. Estatisticamente, mais de 70% dos católicos brasileiros são frequentadores de centro espíritas.

PRINCÍPIO DO ESPIRITISMO


Embora consideremos o Espiritismo igualmente iníquo em todo sua maneira de ser, os espíritas admitem haver diferentes formas de Espiritismo. Assim sendo, para efeito de estudo, vamos dividir o Espiritismo da seguinte maneira:

a) Espiritismo comum
b) Baixo Espiritismo
c) Espiritismo Científico
d) Espiritismo Kardecista

Cada  uma destas quatro classes de Espiritismo possuí práticas distintas através das quais são identificados os seus seguidores, como passaremos a mostrar:

Espiritismo Comum

Dentre as muitas práticas desta classe do Espiritismo, destacamos:

1. Quiromancia. Adivinhação pelo exame das linhas da palma da mão. O mesmo que quiroscopia.

2. Cartomancia . Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.

3. Grafologia. Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.

4. Hidromancia . Arte de adivinhar por meio da água.

5. Astrologia. Estudo e/ou conhecimento da influência dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecido "uranoscopia".

Baixo Espiritismo

O baixo Espiritismo, também conhecido como Espiritismo Pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes práticas:

a) Vodu. Culto de negros antilhanos, de origem animista, e que lança mão de certos elementos do ritual católico. Praticado principalmente no Haiti (América Central). Após um dia ou dois de preparação de altares, preparando ritualmente e cozinhando galinha e os outros alimentos, etc., um ritual de Vodu haitiano começa com uma série de preces e de cantigas católicas em francês.

b) Candomblé. Religião dos negros ioruba, praticado principalmente na Bahia. Candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendem que se cultuem vários deuses, o deus único para Nação Ketu é Olorum, para Nação Bantu é Zambi e para a Nação Jeje é Mawu. São nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos praticantes considera como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica. Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros.
Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são vistas mutuamente como exclusivas, e muitos povos de outras crenças religiosas - até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras - participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente.

c) Umbanda. Designação dos cultos afro-brasileiros,  que se confundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, do catimbó e outros cultos espíritas sincréticos.

d) Quimbanda. Ritual de macumba que se confunde com o da Umbanda, tendo ambas diferentes objetivos maléficos. Quimbanda ou Kimbanda é uma das sendas brasileiras de práticas religiosas derivadas dos povos africanos e trazidas pelos escravos negros em cativeiro. Essa linha é a negativa e oposta à doutrina da Umbanda. Alguns praticantes alegam, porém, que ela é complementar e "energeticamente" necessária a Umbanda, o que não tem comprovação prática nem doutrinária. 

e) Macumba. Sincretismo religioso afro-brasileiro, derivado do Candomblé, com elementos de várias religiões pagãs africanas, de religiões indígenas brasileiras e do Catolicismo. Popularmente, a palavra macumba é utilizada para designar genericamente os cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades dos povos africanos trazidos ao Brasil como escravos, tais como os bantos, como o candomblé e a umbanda. Entretanto, ainda que a macumba seja confundida com o candomblé e a umbanda, os praticantes e seguidores dessas religiões recusam o uso da palavra para designá-las.


Espiritismo Científico

O Espiritismo científico é também conhecido como "Alto Espiritismo", "Espiritismo Ortodoxo", Espiritismo Profissional" ou "Espiritualismo". Ele se manifesta, inclusive, como "sociedades", por exemplo, a LBV (Legião da Boa Vontade) fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido Alziro Zarur. 

Essa classe de espiritismo tem sido conhecida também como:

I. Ecletismo. Método filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada sistema a parte que lhes parece mais próxima da verdade.

II. Esoterismo. Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um pequeno número de iniciados, escolhidos por sua inteligência ou valor moral.

III. Teosofismo. Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que tem por objetivo a união do homem com a divindade, mediante da elevação progressiva do espírito até a iluminação. Doutrina espiritualista fundada no século XIX por Helena Blavastsky (1831-1891), ligada à tradição ocultista e às religiões orientais; mística norte-americana, adepta do Budismo e do Lamaísmo. A Nova Era é um ressurgimento do Espiritismo em grandes proporções.

Espiritismo Kardecista

O Espiritismo Kardecista é a classe de Espiritismo comumente praticada no Brasil, e tem como principais teses, entre muitas outras, as seguintes:

1. Possibilidade de comunicação com espíritos dos mortos.

2. Crença na reencarnação de pessoas falecidas.

3. Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as consequências dosseus atos.

4. Crença na pluralidade dos mundos abitados.

5. A caridade como virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos. 

6. Deus embora exista, é um ser impessoal abitando um mundo longínquo.
 7. Mais perto dos homens estão os espíritos "guias".

8. Jesus foi um médium e reformador judeu; nada mias que isso.


Conclusão

Disse alguém que o Diabo é um demagogo muito versátil e maleável, capaz de muitas transformações. Aos parapsicólogos, ele diz: "Trago-vos uma nova ciência". Aos ocultistas, assevera: "Dou-vos a chave para os últimos segredos da criação". Aos racionalistas e teólogos modernistas, declara: "Não estou ai, nem mesmo existo". Assim faz o Espiritismo que, mesmo mudando de roupagem como um camaleão muda de cor de acordo com ambiente, todavia no fundo continua sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabólico.

A TEORIA DA REENCARNAÇÃO 

A Teoria da reencarnação é o cerne de toda a doutrina espirita. Invalidando esta teoria, o Espiritismo não poderá sobreviver.

Sobre o assunto, escreve Allan Kardec: 

"A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de
ressurreição. A reencarnação é volta da alma, ou espírito, à vida 
corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele, que
nada tem de comum com o antigo".
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Opus Editora LTDA. 1985-p. 562,561).

Refutação

A Bíblia jamis faz qualquer referência à palavra reencarnação; tampouco a confunde com a palavra ressurreição. Segundo o Dicionário Escolar Da Linguá Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito; enquanto que a palavra ressurreição, no grego, é anástasis e égersis, ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra.
No latim, ressurreição é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo ressurreição como o mesmo que ressurgir dos mortos, e em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a a morte física. (Dicionário Da Bíblia - J. D. Davis).


Ressurreição na Bíblia

No decorrer de toda a Bíblia são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete, casos de restauração da vida (ressurreição para tornar a morrer) e um, de ressurreição no sentido pleno, final - o de Jesus. Esse foi diferente, porque foi ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato dEle ser Jesus, o soberano Senhor, mas porque, ao ressurgir, Ele tornou-se o primeiro da real ressurreição (1ºCo 15.20,23).
A expressão "ressurreição dentre os mortos", como em Lucas 20.35 e Felipenses 3.11, implica uma ressurreição em que somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição, não mais morrerão (Lc 20.36).
A dita expressão é tradução correta do original. A palavra "dentre" indica que os mortos ímpios continuarão sepultados quando os santos ressurgirem à vinda de Cristo, até que chegue a sua vez de ressurgirem para serem julgados.

Os sete casos de ressurreição, registrados na Bíblia, por ordem, são:

a) o filho da viúva de Sarepta (1º Rs 17.19-22);
b) o filho da sunamita (2º Rs 4.32-35);
c) o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2º Rs 13.21);
d) a filha de Jairo (Mc 5.21-23, 35-43);
e) o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17);
f) Lázaro (Jo 11.1-46);
g) Dorcas (At 9.36-43.

O caso da ressurreição de Jesus, que é diferente, como já disse, está em Mateus 28.1-10; Marcos 16.1-8; Lucas 24.1-12; João 20.1-10; 1º Coríntios 15.4,20-23.
Numa demostração de quão contrária é a teoria da reencarnação com aquilo que a Bíblia registra sobre ressurreição, escreve Allan Kardec: "A ressurreição implica a volta a vida corpo já morto - o que ciência demostra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram depois de muito tempo disperso e absorvido".
É evidente que está teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, pois se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras que asseguram a ressurreição dos mortos.
Não vem ao caso citar aqui os casos de milagres, de mortos que ressuscitaram para depois morrerem.
Vou citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultura: Lázaro e Jesus.

1.Lázaro

Testemunhos das Escrituras quanto a Lázaro (Jo 11): 
a) estava morto (vv. 14, 21, 32, 37);
b) estava sepultado, havia quatro dias (vv. 17.39);
c) ressuscitou ainda envolto numa mortalha - pano ou vestimenta com que se envolve o cadáver de pessoa que seria sepultada (v.44).

2. jesus

Testemunho das Escrituras quanto à pessoa de Cristo:
1. Os soldados testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33);
2. José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram a Jesus (Jo 19. 38-42);
3. Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6);
4. Mesmo depois de ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos para mostrar que Seu corpo agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24. 39; Jo 20. 27).  

Teoria inocente

Procurando dar sentido bíblico à absurda Teoria da Reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação.
Os tradutores da obra de Allan Kardec O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antonio Pereira  de Figueiredo como texto base da sua tradução, e assim grifa o versículo 3 do citado capítulo de João: "Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo".
Quando o versículo naquela versão é escrito na seguinte forma: "Na verdade, na verdade te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo."
Renascer já significa nascer de novo; daí renascer de novo constitui-se numa intolerável redundância, mas não sem propósito da parte do Espiritismo, que quer por tudo provar que a absurda Teoria da Reencarnação tem fundamento na Bíblia.
Um morto ressuscitar, isso é possível pelo poder de Deus; a Bíblia o diz com toda clareza, mas quanto a reencarnação, a Bíblia faz completo silêncio sobre isso.

João Batista Era Elias Reencarnado?

Este texto é de certa forma uma continuação do anterior. Só que, naquele, tratamos da Teoria da Reencarnação de uma forma geral, enquanto que, neste, o assunto será tratado de forma mais analítica, tomando como ponto de partida Mateus 17.10-13:

"Mais os discípulos o interrogaram: Porque dizem, pois, os escribas ser
necessário que Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato...
Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto 
quiseram... Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de 
João Batista."


Citemos mais Mateus 11.14:

"E, se o quereis  reconhecer,ele mesmo é Elias, que estava para vir."

Prevalecendo-se do literalismo destas passagens, escreveu Allan Kardec:

"A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam 
reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente
nos acima citados... Se tal crença fosse um erro, Jesus não a
deixaria de combater, como o fez com muitas outras, mas, longe disso,
a sancionou com a sua autoridade... É ele mesmo o Elias, que há de 
vir. Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva. Se, 
portanto, segunda a crença deles, João Batista era Elias..."
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Editora Opus LTDA, 
pp, 25,27 ,561, 2º edição Especial - 1985)

Refutação

Um dos princípios de Hermenêutica mais conhecido é aquele que diz que a Bíblia interpreta a si mesma. Portanto, somos impedidos de lançar mão de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar mesmo que seja o mais simples dos ensinos dela. A Bíblia mesma dá resposta às suas indagações. À pergunta: João Batista era Elias ou não? O próprio João Batista responde, dizendo: "... Não sou..." (Jo 1.21).

Sobre João Batista, diz Lucas 1.17: "E irá diante do Senhor no espírito e poder de Elias, para...converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado." . Isto não quer dizer, em absoluto, que João fosse Elias, mas que em seus ministérios proféticos, Haveria similaridades. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens tão parecidos como João Batista e Elias.

Cinco pontos a considerar

Dentre as muitas razões porque cremos que João Batista não era Elias, queremos citar apenas cinco.

1. Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc 9. 7 ,8).

2. Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade, admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Lc 9. 7, 9).

3. Se reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito, é evidente  que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que não morreu. Fica claro assim que João não era a reencarnação de Elias, já que este não morreu, tendo sido transladado vivo (2Rs 2. 11)

4. Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso seria ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe perguntaram: "... És tu Elias...?" , ele respondeu com intrepidez: "... Não sou..." (Jo 1.21).

5. Se João Batista fosse Elias, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João e não Moisés e Elias (Mt 17.1-8).

Fica mostrado, portanto, que a Bíblia não apoia a absurda teoria espírita da reencarnação. Até mesmo os chamados 'fatos comprovados" de reencarnação apresentados pelos defensores do Espiritismo, não provam coisa alguma.

INVOCAÇÃO DE MORTOS

Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda fraude espírita. Se ambas forem removidas, o Espiritismo ruíra irremediavelmente. 

Mostramos nos dois Textos anteriores como a teoria da reencarnação não prevalece diante da Bíblia. Neste Texto, porém, trataremos da não menos fraudulenta invocação dos mortos.

O que a Bíblia diz

Aos Hebreus que saíram do Egito, ao se aproximarem de Canaã, disse Deus por intermédio de Moisés:

"Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não 
 aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não 
Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou sua filha,
nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro: nem
encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos;
pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas 
abominações o SENHOR, teu Deus, os lançara de diante de ti. Perfeito serás
para com o SENHOR, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir 
ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu
Deus, não permitiu tal coisa." (Dt 18.9-14)

Com base nestas palavras de Moisés, no seu O Céu e o Inferno, traduz Allan Kardec: "... Moisés devia, pois, por política, inspirar os hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contato com o inimigo".

Refutação

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, simplesmente por razões políticas, como afirma Allan Kardec, é demonstração de ignorância quanto às Escrituras.

A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com eles. Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação.

Na prática de tais consultas aos mortos, sempre ouve embustes, mistificação, mentira, farsa e manifestações de demônios. É o que acontece naos seções espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores se manifestam, personificando pessoas amadas falecidas. Alguns desses espíritos se manifestam, identificando-se com nomes de grandes homens, ministrando ensinos, e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em malogro. São espíritos enganadores a serviço do pai da mentira, Satanás.

O povo de Deus, porém, possuí a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: "Quando vos disserem: consultai os necromantes e os advinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?
À lei e ao testemunho! Se eles não falarem dessa maneira, jamais verão a alva." (Is 819,20).

O estado dos mortos 

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não tem parte em nada do que se faz e acontece na terra. Veja, por exemplo, o que disseram grandes expoentes do Antigo Testamento, sobre o assunto.

1. Salomão. "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos ... não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol" (Ec 9.5,6).  

2. Davi. "Mostrarás tu prodígios aos mortos ou os finados se levantarão para te louvar? Será referida a tua bondade na sepultura? A tua fidelidade, nos abismos? Acaso, nas trevas se manifestam as tuas maravilhas? E a tua justiça, na terra do esquecimento?" (Sl 88.10-12).

3. Ezequias. "A sepultura não te pode louvar,nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvaram como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade" (Is 38.18,19).

4. Jó.  "Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce a sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará a sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais." (Jó 7.9,10).

Conclusão 

Nenhum dos textos bíblicos até aqui citados contradiz com a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para vida eterna, outros para vergonha e horror eterno (Dn 12.2). Os citados textos mostram sim, que  homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar a este mundo para viver como dantes, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos.